domingo, 27 de julho de 2014

"O modelo dos modelos" de Ítalo Calvino e sua relação com o AEE

Após a leitura do texto de Ítalo Calvino refletimos sobre o ideal de escola inclusiva. Uma escola inclusiva é aquela que os alunos constroem o seu próprio conhecimento partindo de sua capacidade e de suas potencialidades sem perder o direito de expressar suas ideias. Uma escola inclusiva amplia a participação de todos os estudantes sem segregação. A inclusão de fato e de direito só será possível com uma prática sem padronização de modelos, onde cada aluno é considerado como único.
            Concluindo, é necessário entender que o modelo padronizado citado por Ítalo Calvino deve ser abolido da nossa prática diária, pois como ele mesmo diz “ele se depara face a face com a realidade mal padronizável e não homogeneizável, formulando os seus “sins”, os seus “nãos”, os seus “mas””.
            O texto “modelo dos modelos” nos convida a repensar, recriar, reinventar nosso fazer pedagógico, propondo ao aluno o desenvolvimento de suas habilidades a partir de oportunidades criativas e instigantes, principalmente no AEE, onde nunca encontraremos casos iguais. O professor só alcançará seus objetivos com planos individuais, livres de modelos pré concebidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
CALVINO, Ítalo. O modelo dos modelos, UFC, 2014.


quinta-feira, 5 de junho de 2014

RECURSOS E ESTRATÉGIAS EM BAIXA TECNOLOGIA PARA CRIANÇAS COM TGD

RECURSOS E ESTRATÉGIAS EM BAIXA TECNOLOGIA PARA CRIANÇAS COM TGD
Ampliação das formas de comunicação para alunos com Transtorno do Espectro Autismo (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento neurológico, que resulta em déficits social, na comunicação e interesses fixados e comportamentos repetitivos conforme a Associação Americana de Psiquiatria, 2012.
Inclui-se no TEA o transtorno autista (autismo), o transtorno de Asperger, o transtorno integrativo da infância e os transtornos invasivos do desenvolvimento sem outra especificação conforme a DSM-5.
De acordo com WING pessoas com autismo possuem déficit na comunicação e no desenvolvimento da linguagem apresentando por muitas vezes ausência de fala ou fala hiperformal.
Em virtude destes déficits há que se trabalhar de forma a pensar num sistema de comunicação alternativa, observando os interesses da criança, suas possibilidades, habilidades e os ambientes escolar, familiar e social de maneira a propor uma comunicação que leve a criança a estabelecer comunicação receptiva e expressiva.
Um bom recurso de comunicação alternativa são os cartões de comunicação os quais são confeccionados em formato de cartões com símbolos, figuras, fotos, representando um vocabulário variado e fácil de ser manuseado, além de ser portátil, podendo ser levado pela pessoa para todos os lugares, seja em argolas (como chaveiro), carteira de bolso e etc.
         Os cartões de comunicação podem ser utilizados como meio de comunicação receptiva e expressiva com crianças com autismo, desde que já tenha intenção de comunicar-se e que esteja na fase simbólica de comunicação.


Cartões organizados por tipos e cores (substantivos alaranjados, adjetivos azuis, verbos verdes, sujeitos amarelos, expressões sociais em rosa e miscelâneas em branco)



Os cartões de comunicação podem ser utilizados em vários ambientes de acordo com o contexto que a criança se encontra. As figuras escolhidas para os cartões devem ser o mais próximo possível da realidade da criança para que possa dar sentido e ver funcionalidade no seu uso.



Referências:

http://www.assistiva.com.br/ca.html


sexta-feira, 9 de maio de 2014

TEXTO INFORMATIVO DIFERENCINDO SURDOCEGUEIRA E DMU


        Diferenciar a surdocegueira da DMU, nos faz observar as semelhanças existentes na elaboração das estratégias pedagógica adotados na sala regular e no AEE.  Dessa maneira denomina-se uma pessoa com surdocegueira aquela que apresenta perda de visão e da audição ao mesmo tempo. Surdocegueira não é deficiência múltipla, ela é deficiência única. Bosco, Mesquita e Maia se posicionam afirmando que:(2010,p.8),”surdocegueira é uma deficiência única que requer uma abordagem especifica para favorecer a pessoa com surdocegueira e um sistema para dar este suporte”.
         Por deficiência múltipla (DMU), denomina-se uma associação de deficiência, seja ela auditiva ou visual acompanhadas de outras deficiências de ordem física ou intelectual, ou de alguns distúrbios neurológico, emocional ou de linguagem, ou seja mais de uma deficiência associada.
         Alguns fatores de riscos que afetam as pessoas são  doenças como rubéola, sarampo, meningite, infecções hospitalares, gravidez de risco dentre outros.
Os alunos com surdocegueira e com deficiência múltipla apresentam desafios à escola e aos profissionais que nela trabalham.
         Eles apresentam necessidades de comunicação e posicionamento, seja ela em cadeira de rodas, cadeira comum ou em um colchonete, com o apoio desses materiais básicos, o professor deve apoiar o aluno em uma postura equilibrada, articulando seus movimentos motores e aperfeiçoamento viso motora.
         Segundo Bosco, Mesquita e Maia, 2010, p.11 “para que a pessoa possa se auto perceber e perceber o mundo exterior deve-se buscar a sua verticalidade, o equilíbrio postural, a articulação e a harmonização de seus movimentos; o aperfeiçoamento das coordenações viso motora, motora global e fina; e o desenvolvimento da força muscular”.
         Portanto na escola as necessidades iniciais foca no aspecto da comunicação, do posicionamento, na organização especial do ambiente e nos recursos pedagógicos para esses alunos.
A forma mais utilizada para a pessoa com surdocegueira ou DMU comunica-se é o tato.
Para acontecer à interação social e de comunicação, o professor deve usar algumas estratégias como, disponibilizar recursos favorecendo a comunicação verbal e não verbal utilizando registro simbólico como gestos, ler o movimento do corpo, a utilização da tábua de ressonância, entre outros, que serve como estratégia de intervenção.  
A comunicação é de fundamental importância na instituição escolar, e com os estudantes com surdocegueira e com DMU, deve-se focar neles toda dedicação, estudo e atenção por parte de todos os profissionais da escola.

domingo, 9 de março de 2014

Atendimento Educacional Especializado do Aluno com Surdez

As pesquisas de Dámazio e Ferreira nos remetem a reflexões de grande relevância no tocante a educação escolar de alunos com surdez. A abordagem nos coloca diante do confronto entre os gestualista e os oralistas. Nesse sentido, surgem debates, políticas públicas, pesquisas científicas, ações pedagógicas numa perspectiva inclusiva com base em princípios baseados em novos paradigmas, tornando o ser humano descentrado, em que os processos perceptivos, linguísticos e cognitivos sejam estimulados e desenvolvidos, tornando-os capazes, produtivos e constituídos de várias linguagens, com potencialidade para adquirir e desenvolver não somente os processos visuais-gestuais, mas também ler e escrever as línguas em seu entorno.
                                  Nessa intenção, o AEE para pessoas com surdez, numa perspectiva inclusiva, complementa o trabalho pedagógico na escola/classe comum, oferecendo novas possibilidades para as pessoas com surdez, em que a Libras e a Língua Portuguesa escrita são línguas de comunicação e instrução. Contudo, mesmo diante da definição de novas políticas, muitas questões e desafios ainda precisam ser debatidos. Ações pedagógicas precisam ser revistas e algumas tomadas de posição e bases epistemológicas precisam ficar mais claras, tanto nas classes comuns como nas salas de recursos. Um dos pontos é desmistificar a visão de que a pessoa com surdez é deficiente, simplesmente por não ser. A perda sensorial auditiva não limita biologicamente as funções perceptivas das pessoas com surdez. O rompimento desta visão, que tanto prejudica o desenvolvimento do potencial dessas pessoas é imprescindível. É preciso compreender que o foco do fracasso escolar não está apenas nessa questão, mas também na qualidade e na eficiência das práticas pedagógicas. É importante construir um campo de comunicação e interação amplo, possibilitando que as línguas tenham o seu lugar de destaque, mas que não seja o centro de tudo o que acontece nesse processo.
                                  Diante do exposto os estudiosos apresentam propostas que consideram as pessoas com surdez, o conhecimento e o objeto de estudo elementos que se integram numa prática educativa voltada para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com surdez na escola. Nesse contexto, rompe-se com a dicotomização entre oralismo e gestualismo e assume-se a tendencia bilíngue que possibilita ao aluno a liberdade de expressão exercitando seu pensamento, desenvolvendo suas habilidades e promovendo maior interação no mundo social.
De acordo com o Decreto 5.626, de 5 de dezembro de 2005, as pessoas com surdez têm direito a uma educação que garanta a sua formação, em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente na sua modalidade escrita, constituam línguas de instrução, e que o acesso às duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo. Nessa perspectiva, entende-se que a modalidade bilíngue para o Atendimento Educacional Especializado se constitui num paradigma inclusivo para a organização das práticas pedagógicas dos alunos com surdez, rompendo com a clausura do mundo silencioso.
                                  Diante do exposto, é no viés da modalidade bilíngue que organizamos a prática pedagógica da escola comum e, em consequência, o Atendimento Educacional Especializado para pessoas com surdez aqui proposta. As pessoas com surdez têm direito a uma educação que garanta a sua formação, em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente na sua modalidade escrita, constituam línguas de instrução, e que o acesso a duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo, evitando a segregação e discriminação no contexto educacional.

Referência

DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.



BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC, 2008




domingo, 1 de dezembro de 2013

Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o Deficiente Visual

    “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos” Antoine Saint Exupery
A proposta pedagógica para alunos com baixa visão baseia-se no principio de estimular a utilização plena do potencial de visão e dos sentidos, bem como na superação de dificuldades e conflitos emocionais. A aplicação dos jogos de encaixe ou montagens tanto nas atividades da sala de recursos como em sala regular, poderá propiciar ao aluno com baixa visão o desenvolvimento da atenção, percepção visual, coordenação visomotora, desenvolvimento do globo ocular, memória e discriminação visual e concentração, entre outros.
O Material Dourado deve ser apresentado ao aluno para formação de conceitos na área de matemática, para que o mesmo olhe, manipule, explore.



Com caixas de fósforos e sementes é possível confeccionar jogos da memória de texturas. Venda-se os olhos do aluno e este deve encontrar os pares com a mesma textura.



O professor do AEE pode confeccionar uma grade ou linha vazada, para que o aluno não se perca durante a leitura.



“A ousadia do fazer é que abre o campo do possível. E é o fazer – com seus erros e acertos – que nos possibilita a construção de algo consistente.” (Garcia – 2001, p. 64)





domingo, 20 de outubro de 2013

Desenvolvimento e aprendizagem do aluno com Deficiência Intelectual

Profª Maria José B. S. Ortigosa T 26 a- Campo Grande MS
 O aluno com deficiência intelectual aprende quando estabelece conexões do novo conteúdo com conceitos já conhecidos. Nesse processo de construção, não ocorre uma simples associação, mas uma interação entre os conceitos pré-existentes e a nova informação. Os jogos educativos proporcionam desafios e gradualmente, possibilitam o desenvolvimento da percepção, atenção e memória do aluno.
 
DOMINÓ DE RETALHOS

CONTEÚDO: Desenvolvimento da coordenação motora, percepção, atenção e memória.
OBJETIVO: Estimular a motricidade, coordenação motora, discriminação visual de cores, habilidade manual, percepção tátil e visual.
DESCRIÇÃO: Pares de quadrado com retalhos lisos e de diferentes estampas. Um botão de um lado e uma casa do outro.
EXPLORAÇÃO:
- Esconder as peças em uma caixa. Cada participante tira duas peças. Se formar par fica na mesa se não, voltam para caixa.
- Dividir as peças em números iguais entre os participantes. Colocar uma peça virada para cima na mesa. Um de cada vez, procura entre suas peças uma que tenha o lado igual. Se tiver abotoa na peça da mesa, se não passa a vez. Ganha quem ficar sem peças na mão primeiro.


BRINCANDO DE SOMAR

CONTEÚDO: Números e Operações

OBJETIVOS: Compreender a ideia de juntar, acrescentar, adicionar.
Desenvolver a memória, concentração e raciocínio lógico matemático.

DESCRIÇÃO: Brincando com os números, o aluno aprende a somar.
Colocando as fichas numeradas com o resultado de adições no tabuleiro, o aluno desenvolve a memória e a habilidade de somar para encontrar o resultado que precisa. De forma dinâmica, a memória e o raciocínio matemático são desenvolvidos. 

EXPLORAÇÃO: O aluno escolhe três números aleatoriamente e coloca no tabuleiro como resultado da adição. Um de cada vez tira da caixa dois números que somando poderá chegar aos resultados. O aluno poderá utilizar palitos como apoio na soma. Ganha quem completar o tabuleiro primeiro.

O aluno não constrói significados a partir dos conteúdos de aprendizagem sozinhos, mas, em uma situação interativa, na qual os docentes têm um papel essencial, já que qualquer coisa que façam ou deixem de fazer é determinante para que o aluno aprenda ou não de forma significativa. (MEC, 2003, p.161).


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

TECNOLOGIA ASSISTIVA

O objetivo da Tecnologia Assistiva é:
"Proporcionar à pessoa portadora de deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação da comunicação, mobilidade, controle do seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, competição, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade."... "Podem variar de um par de óculos ou uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado”. 

 Pulseira de Pesos o estabilizador de punho e abdutor de Pulseira de Pesos


e o estabilizador de polegar com ponteira para digitação, para alunos, principalmente com paralisia cerebral, que apresentam essas necessidades (estabilização de punho e abdução de polegar).